E eu que era cheio de sonhos e em que todos acreditavam, logro agora a amargura dos meus desfeitos.
Sinto-me vazio e sem ânimo, sem objetivos claros, sem metas, na verdade sem vontade de fazer o que me proponho e com vontade de me entregar ao acaso.
No banho refaço as promessas, nos sonhos memorizo o alvo, no tentar… falho por descaso.
Novamente não feito.
O que há?
Passa o tempo. Esquecido e pensativo, reproponho, me vejo outra vez cheio, recoberto, pronto.
Paira sobre mim aquela velha nuvem de sonhos, porém dessa vez cheia de auto-afirmações:
“Eu posso. Eu sei. Já aprendi. Já vivi…”
Na verdade escondem medos.
Não importa, tentarei.
Então relendo o escrito, sorrio e torço para reescrevê-lo, assim qualquer hora, logrando quem sabe até, o êxito dos meus desleixos.
E não é que tudo pode ter uma releitura! Mas eu nunca pensei que pudesse ser reescrito. Agora percebo que pode!