Em 1880, Josef Breuer, médico vienense especializados em transtornos psiquiátricos, recebeu uma paciente a que se referiu apenas como Anna O., para manter a confidencialidade entre médico e paciente. Ela sofria do que na época se chamava “histeria”, um conjunto de transtornos psicossomáticos – em seu caso, na maior parte paralisia esporádica – e outros problemas emocionais. O tratamento de Breuer usava a hipnose e, ás vezes, apenas conversas. Sua idéia era que hipnotizar o paciente e deixá-lo falar sobre sentimentos e fantasias – falar livremente, sem nenhum tipo de censura – expunha um nível de pensamento e sentimento que a consciência normalmente não alcançava. Quando verbalizados, estes pensamentos, imagens e idéias “inconscientes” ficavam ao alcance da consciência e podiam ser discutidos. O processo desta discussão costumava melhorar o estado do paciente e às vezes aliava drasticamente os sintomas “histéricos” psicossomáticos.
Beurer conheceu um colega mais jovem, Sigmund Freud, que sistematizou a noção de inconsciente e criou a toria mental mais influente dos tempos modernos: a psicanálise.
Ciência a Jato, Alan Axelrod