Pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações e Engenharia e Ciências dos Materiais (Locem), vinculado ao Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC), desenvolveram um método que pode baratear tratamentos relacionados à medicina regenerativa. Eles conseguiram obter a hidroxiapatita, um biomaterial existente no esmalte dos dentes e nos ossos que tem várias aplicações possíveis na restauração de estruturas ósseas, a partir de um processo chamado moagem de alta energia a seco. O trabalho contou com o apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Segundo Cléber Cândido da Silva, um dos cientistas do Locem e autor do projeto “Estudo do comportamento físico e bioatividade da hidroxiapatita e seus sistemas cerâmicos de fosfatos de cálcio obtidos por moagem de alta energia a seco, calcinação e microondas”, a hidroxiapatita é uma cerâmica importante na realização de implantes no corpo humano e constitui cerca de 40% da parte inorgânica do osso. Ela também é usada em cirurgias ortopédicas e odontológicas, para enchimento ou revestimento de superfícies. O material, explica ele, pode ser obtido através de vários outros processos. A principal diferença do desenvolvido pela equipe da UFC é que ele não exige tratamento térmico.