Estava aqui fuçando fuçando o Web Archive e encontrei muitos posts antigos, alguns do tempo que comecei a blogar, achei engraçado esse abaixo que é da época em que comprei o meu primeiro dicionário Houaiss. Lembrei da reforma ortográfica.
Migrei para o Houaiss
30.12.2003 – Terça – 13:00 hs
Depois de uma decepção com o Michaellis e anos de fidelidade ao Aurélio, resolvi migrar para o tal Houaiss, um dicionário com um nome que nem sei pronunciar. Será que foi por influência da mídia? Pura curiosidade? Insatisfação? É deve ser.
Na realidade estou cansado de ser açulado pela língua nativa, no Aurélio quase nunca encontrava o que queria e era aquela bulha, depois de uma certa insistência dessa vozinha imaginária e chata que sempre rir das minhas cacografadas, mudei, comprei o dito-cujo. Adorei o “busca de palavras facilitada”, espero que não seja uma alegria efêmera.
Bem, chega de firula, esse emaranhado de palavras difíceis deixou-me com gastralgia, preciso urgentemente haurir esse vocabulário, não gosto do que é ignoto, sou jacobinista, só tive coragem de traduzir know-how depois de não aguentar mais ouvir/ler essa morrinha. Esse livreto causa um desejo nímio de usar a língua culta. Socorro! Não que seja oligofrênico e ache que não deve ser usado, mas isso é uma medida pacóvia de burlar a verdade, quixotismo, sou recalcitrante mesmo, por isso adoro o modo como são escritos a maioria dos textos e diálogos na internet, gosto do falado escrito. Semovente sempre. Tartamudeado, mas compreendido, usucapido mesmo, vezeiro, xucro talvez, zinzulado.
Deusulivre! gua! nãããã! Vai te lascar!
Ufa! Voltei ao normal… preciso de uma talagada d’água. Livrinho maldito, acho que vou queimar esse bicho.
Arri égua macho véi, pensei que tu tivesse se rebolando pro lado dos dicionários.
muito bom esse post, veio bem acalhar com essa tal de reforma ortografica.
um abraço.
Sou eu mesmo da cadeira do GAYDO MILITÃO…