Um levantamento realizado pela Cia. de Talentos(agência especializada em seleção de estagiários e trainees para grandes empresas), neste ano, com 35 mil brasileiros entre 17 e 28 anos de idade, a maioria deles de classe média ou alta, tentou descobrir o que significa sucesso para eles.
Sucesso, em primeiro lugar, é fazer aquilo de que se gosta (36%). Em segundo lugar, equilíbrio entre vida profissional e pessoal (20%). Em terceiro, sensação de realização (17%), seguida de reconhecimento.
Ser bem-sucedido financeiramente aparece em quinto lugar, com 5%. Muito dinheiro no bolso não vale o preço do aborrecimento, da rotina e da vida pessoal em frangalhos.
E o que os faria deixar uma empresa?
As três mais importantes razões para ir embora: ambiente de trabalho ruim (27%), pouco desenvolvimento profissional (16%) e baixa qualidade de vida (11%). De novo, questões materiais não estão no topo: estabilidade de emprego ficou com 7%; salários e benefícios, com 5%.
Na pesquisa o Google foi apontado em primeiro lugar na lista de empresas dos sonhos, superando organizações como a Natura, a Microsoft, a Vale ou a Petrobras.
A decoração do escritório do Google no Brasil combina móveis de design baseados nos princípios da ergonomia com redes, pufes, tabuleiros de xadrez, bolas de basquete e de futebol e videogames de última geração, disponíveis para uso no horário de trabalho. Imaginados para que os profissionais relaxassem, descarregassem energia e estimulassem a criatividade, os espaços lúdicos e coloridos criaram um novo padrão de ambiente de trabalho para os jovens brasileiros.
Com suas inovações e ambiente informal, o Google captou o desejo -e a ilusão- de trabalhar em um lugar em que também se pode brincar. Ilusão porque os profissionais daquela empresa, embora se sintam num ambiente estimulante, são submetidos a uma pressão constante, avaliados por metas trimestrais, cercados de competidores. Todos aqueles brinquedos foram colocados ali para que eles sejam mais produtivos. Gente muito estressada, como sabemos, deixa rapidamente de ser produtiva e inventiva.
O interessante da pesquisa na verdade, é saber que diferente de antigamente, esses novos profissonais, vindos das classes mais abastadas, hoje buscam muito mais do que manter o bolso cheio, a qualidade de vida é o que importa e vêm sempre atrelada com a possibilidade de fazer o que se gosta e sentir-se realizado. Cabe agora as empresas conseguir manter esses atrativos.
É, talvez no futuro as empresas sejam bem mais interessantes.
Aquele abraço!
Com informações de Gilberto Dimenstein no Catraca Livre.
Veja os Dados da pesquisa realizada pela Cia de Talentos.