Trabalhadores que ganham menos recuperam o rendimento que tinham há dez anos
De 2005 para 2006, os trabalhadores do Brasil tiveram um aumento de 7,2% em seus rendimentos, passando a ganhar, em média, R$ 883 por mês. Apesar de o crescimento não ter sido suficiente para atingir o maior valor de rendimento da série (R$ 975, em 1996), esse patamar mais alto foi alcançado e superado entre os 50% de pessoas ocupadas que ganhavam menos.
De forma semelhante, em 2006, o percentual de pessoas que trabalhavam na população de 10 anos ou mais de idade (57,0%) chegou próximo ao do início da década de 90 (57,5% em 1992), sendo que, no ano passado, de cada cinco novos postos de trabalho criados, três eram com carteira assinada. Entretanto, mais da metade da população ocupada (49,1 milhões de pessoas) continuava formada por trabalhadores sem carteira assinada, por conta-própria ou sem remuneração.
A passagem de 2005 para 2006 assinalou também a continuidade de diversas melhorias na educação: aumentou de forma significativa o contingente de crianças de 5 e 6 anos na escola; caíram as taxas de analfabetismo e de analfabetismo funcional; e cresceu a média de anos de estudo da população. Por outro lado, o trabalho infantil sofreu redução em todas as faixas etárias, ainda que, no ano passado, 5,1 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade estivessem ocupados.
O Brasil continua envelhecendo, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, e a taxa média de fecundidade nacional caiu ao nível do limite de reposição (2,0 filhos em média por mulher).
As desigualdades regionais, entretanto, se mantêm, seja nos indicadores educacionais, seja no acesso domiciliar a bens e serviços públicos, seja na distribuição dos rendimentos.
Esses são alguns dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , que, anualmente, busca traçar um retrato do país.
Ah… noivo, coisa chique! :P