Estava aqui apertando a bolinha contra tendinite e lembrei do cachorro que ganhei em 1991 do meuTio Maurício. Era um filhote de Pastor Alemão, Capa Preta, tinha 45 dias, veio de Brasília, com pedigre e tudo mais. Lindão. O grande problema é que já vinha com um nome no registro: Faraó. Porém, não me agradava nenhum pouco criar meu filhote como Faraó, comecei então a busca por um nome melhor, mas depois de muita reluta do meu tio para que não mudássemos o nome do bichinho, não teve jeito, a alcunha de Sadam foi adotada, motivada pelos conflitos da época e talvez por pura birra do meu pai com o meu tio que era simpatizante do Kuwait. Na verdade gostei do nome, na minha opinião, soava melhor.
Sadam foi o cachorro que eu vi crescer mais rápido lá em casa, robusto, manso, esperto e brincalhão, foi criado solto pela casa, sem amarras, o que causava o maior ciúmes no cachorro mais velho do meu pai, o Dragão um vira-latas, valente, usado como cão de guarda, que tinha lá seus 10, 11 anos na época e que só ficava solto a noite. Sadam com 4 meses já alcançava a altura do Dragão e como todo filhote fazia o maior auê com o coroa vira-latas, que nem lhe dava bola.
Sadam logo que chegou, ainda pequeninho, adotou uma bola amarela minha como seu brinquedo predileto e se queria que me obedecesse bastava que estivesse com ela na mão para ele não sair do meu pé, engraçado que nunca precisei ensiná-lo a trazer a bola de volta quando arremessada, ele começou a fazer institivamente, depois que foi crescendo eu gostava de me aventurar pelas imediações da cidade em sua companhia, bastava pegar a bola onde ela estivesse, quase sempre ficava lá jogada onde dormia, levá-la comigo e chamá-lo. Pronto, sua atenção dificilmente era desviada, onde eu fosse iria comigo, estava sempre esperando que jogasse a bola. Virou meu companheiro e de meus amigos nas aventuras pré-adolescentes cotidianas nas imediações daquela pequena cidade. Tinhámos a sensação de segurança ao lado do nosso Pastor imponente, com porte de cão de guarda e cabeça de filhote. Foram muitas aventuras e desbravadas com meu companheiro e companheiros.
Nossa alegria durou pouco mais de um ano, certa noite de 1992, Sadam foi envenenado e definhou por alguns dias, fraco foi atacado por muitas mazelas e não resistiu. Meu tio, como não podia deixar de ser, soltou a dele: “- Mas também com um nome desses, só podia acabar envenenado.” #humornegro #saudades
oi… =)
Mamá, eu lembro desse cachorro, eu não lembro que foi, mais seu Pastor Alemão “com porte de cão de guarda e cabeça de filhote”, mordeu uma pessoa da rua onde você morava. Lembra? Bota a cuca pra funcionar.
Também lembro do vira lata “coroa”, o Dragão (nome bem sugestivo), ninguém poderia entrar se quer na cozinha da tua casa que ele começar a latir. hehehe
PS: E o portão da garagem do Didi, quem chutou ele? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK