Nos meus sonhos, tenho uma memória boa demais. Não era difícil sonhar resolvendo aquele problema que estudei, que não consegui fazer na prova e acordar com a resposta na cabeça e puto da vida quando mais novo. Também não é difícil cantarolar, nos meus sonhos, letras de músicas que nem sabia ou melhor que não sei mesmo, mas depois do sonho correr e ir lá conferir que cantei certinho. Lembrar passagens de livros, fazer contas, escrever código(programar), tudo isso é uma moleza nos meus sonhos. Já acordado minha memória não é lá essas coisas. O meu inconsciente é mais esperto do que eu. Coisa chata!
Outro dia sonhei recitando o Epílogo, do Mário Quintana, que faz parte do Sapato Florido:
“Não, o melhor não é falares, não explicares coisa alguma.
Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada.
E sabe Deus o que é que desencandeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas!
Não se sabe… Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca… Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.”
Quantas vezes me peguei tentando lembrar desses versos e não vinham todos na cachola, embaralhavam ou simplesmente não saiam as palavras.
Isso é normal?
A única coisa que sei é que dormindo minha cabeça funciona melhor.
Já pensou se eu fosse sonâmbulo? Só viveria dormindo.
Seus sonhos são muito férteis na minha opinião. Durma com uma pedra na mão. Lembra do Dadaísmo?
Muito bom esse post mamá… muito bom…
Valeu Karila.
Duchamp Renato?