Multinha

Qual a indenização justa a ser paga por um dos maiores desastres ambientais já causados pelo homem? No mês passado, depois de catorze anos de disputa judicial, a Suprema Corte dos Estados Unidos chegou a uma decisão no caso do petroleiro Exxon Valdez. A ExxonMobil, dona do navio, não deve ser multada em mais de 500 milhões de dólares, quantia igual à que já pagou a título de indenização às pessoas afetadas pelo vazamento de petróleo no Alasca, em 1989. Parece muito dinheiro, mas representa apenas 10% do valor estipulado pela primeira sentença, em 1994. Para a maior empresa petrolífera do mundo, isso equivale ao lucro obtido em cinco dias de operação.

Está lá na Veja dessa semana, na reportagem de Diogo Schelp: O lixão dos mares – que fala da poluição dos oceanos e dos lixões oceânicos formados pelas correntes marinhas.

Mudando de assunto, diante desse tanto de zeros, que para eles é apenas uma multinha, tem-se uma noção do porquê de tanta guerra pelo ouro preto.

Infográfico da Veja

A face mais conhecida da sujeira lançada ao mar são os 4,5 milhões de toneladas de petróleo que vazam por ano nos oceanos. Os danos causados pelos resíduos sólidos são igualmente intensos. Cerca de 70% dos sacos plásticos, latas, garrafas e pneus são depositados no fundo do mar. O restante navega pela superfície ou fica preso nos grandes giros oceânicos. Esses lixões são devastadores para a vida marinha.

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